Qual o tipo de óleo lubrificante correto para o meu redutor e com que frequência devo trocá-lo?
O lubrificante adequado é um dos fatores mais importantes para garantir o bom desempenho e a durabilidade de redutores industriais. Apesar de muitas vezes negligenciado, o óleo lubrificante atua como elemento protetor, redutor de atrito e dissipador de calor, influenciando diretamente a vida útil do equipamento.
Neste artigo, vamos explicar em detalhes qual o tipo de óleo lubrificante ideal para redutores e com que frequência ele deve ser trocado, considerando diferentes tipos de redutores e condições de operação.
1. A Função do Óleo Lubrificante em Redutores
Os redutores são compostos por engrenagens, rolamentos, eixos e vedações que estão em constante movimento. A lubrificação correta:
- Reduz o atrito entre as engrenagens
- Diminui o desgaste mecânico
- Dissipa o calor gerado pela operação
- Protege contra oxidação e corrosão
- Evita contaminações e falhas prematuras
Sem a lubrificação adequada, o sistema pode apresentar sinais de superaquecimento, ruído excessivo, perda de eficiência e até travamento.
2. Tipos de Óleos Lubrificantes para Redutores
A escolha do óleo ideal depende do tipo de redutor, carga, velocidade, temperatura de operação e condições ambientais. Os óleos se dividem em duas categorias principais:
🔹 Óleos Minerais
- Derivados do petróleo
- Custo mais acessível
- Vida útil menor
- Indicados para operações leves e moderadas
- Recomendado quando não há exposição a altas temperaturas ou ambientes agressivos
Exemplo: ISO VG 220 (para redutores helicoidais ou engrenagens em ambientes limpos e temperaturas normais)
🔹 Óleos Sintéticos (PAO, PAG, Ésteres, etc.)
- Maior estabilidade térmica e química
- Maior resistência à oxidação
- Vida útil até 4 vezes maior que os minerais
- Indicado para aplicações severas, altas temperaturas ou ciclos contínuos
Exemplo:
- PAO (Polialfaolefina): Ideal para redutores de uso geral em regimes contínuos
- PAG (Polialquilenoglicol): Excelente para redutores de engrenagem sem-fim, pois suporta melhor o deslizamento entre dentes
3. Viscosidade Ideal (Classe ISO VG)
A viscosidade é determinada conforme a carga e a velocidade da engrenagem. É medida em ISO VG (Viscosity Grade). Alguns exemplos:
Sempre consulte o manual técnico do redutor ou o fabricante para confirmar o grau de viscosidade correto.
4. Frequência de Troca do Óleo
A periodicidade da troca depende de fatores como:
- Tipo de óleo (mineral ou sintético)
- Temperatura de operação
- Grau de contaminação do ambiente (poeira, umidade, partículas)
- Ciclo de trabalho (intermitente ou contínuo)
Tabela Geral de Troca
Se o redutor for novo, a primeira troca deve ser feita entre 500 e 1.000 horas após a instalação, para eliminar resíduos metálicos de assentamento.
5. Sinais de Que o Óleo Precisa Ser Trocado
Mesmo dentro do prazo, o óleo pode se deteriorar antes do esperado. Atenção a esses sinais:
- Cor escura ou opaca
- Mau cheiro (indica oxidação)
- Formação de espuma ou emulsão
- Presença de partículas metálicas
- Superaquecimento do redutor
- Perda de desempenho ou aumento de ruído
👉 Nestes casos, recomenda-se fazer uma análise laboratorial do óleo e realizar a troca imediata, se necessário.
6. Recomendações Finais para Boa Lubrificação
- Evite misturar óleos de bases diferentes (ex: PAG com PAO ou mineral)
- Use lubrificantes de marcas confiáveis, com aprovação de fabricantes de redutores
- Mantenha o nível de óleo dentro da marca correta (nem abaixo nem acima)
- Realize inspeções periódicas, mesmo entre os ciclos de troca
- Evite contaminações externas ao abastecer ou verificar o óleo
- Registre as trocas e inspeções para histórico de manutenção
7. Conclusão
A lubrificação correta é um investimento direto na durabilidade e eficiência do seu redutor. Usar o tipo de óleo adequado e manter uma frequência de troca bem definida reduz drasticamente os custos com falhas, paradas não programadas e trocas prematuras de componentes.
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